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Compliance tributário na reforma tributária: O momento é agora
A reforma tributária brasileira traz profundas transformações na legislação fiscal, com impacto direto sobre o compliance tributário das empresas
A reforma tributária aprovada no Brasil representa uma guinada histórica no sistema de tributação sobre o consumo, ao adotar o modelo do IVA Dual, composto pela CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços, de competência federal) e pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços, de competência estadual e municipal). Trata-se de um modelo já adotado por mais de 170 países, considerado mais eficiente, neutro e transparente.
A reforma também institui o IS - Imposto Seletivo, com finalidade extrafiscal, destinado a desestimular o consumo de bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. A CBS e o IS substituirão o PIS, a COFINS e, em parte, o IPI; enquanto o IBS substituirá o ICMS e o ISS.
Embora sejam administrados por entes distintos, CBS e IBS terão regras harmonizadas, conforme definido na LC 214/25, que trata de aspectos como fato gerador, base de cálculo, imunidades, regimes específicos e a regra da não cumulatividade plena.
2. A urgência da preparação
A preparação para a reforma tributária no Brasil é, até o momento, assimétrica e desafiadora. Grandes empresas e multinacionais já iniciaram diagnósticos de impacto, revisão de processos e investimentos em tecnologia. Por outro lado, muitas pequenas e médias empresas ainda carecem de clareza quanto aos efeitos práticos da reforma em suas operações.
A fase de transição, que se estenderá de 2026 a 2032, culminará em 2033 com a substituição definitiva de tributos como ICMS e ISS. Nesse período, haverá a convivência de dois regimes tributários, exigindo decisões estratégicas embasadas - sobretudo no que se refere à precificação, estrutura de custos e investimentos.
Esse cenário exige:
Planejamento tributário estruturado
Revisão contratual
Adequação de sistemas
Fortalecimento do compliance tributário
3. Reforma tributária: Contexto e impactos
O novo sistema, ao substituir cinco tributos por dois, promete maior racionalidade, neutralidade e segurança jurídica. Contudo, traz desafios concretos:
Novo modelo de apuração e recolhimento, com destaque "por fora" dos preços, exigindo revisão de contratos e práticas comerciais;
Novas obrigações acessórias, que demandam investimentos em tecnologia e qualificação técnica;
Transição gradual, exigindo o gerenciamento simultâneo de dois modelos tributários por quase uma década.
Tais mudanças impactam diretamente os processos internos, os controles gerenciais e a governança tributária das organizações.
4. Compliance tributário: Pilar da segurança jurídica e da competitividade
O compliance tributário vai além do cumprimento formal das obrigações legais. Ele compreende a estruturação de políticas, controles internos e governança fiscal capazes de assegurar conformidade, eficiência e mitigação de riscos.
No contexto da reforma, torna-se elemento central para:
Evitar contingências fiscais, especialmente em um ambiente normativo em evolução;
Precificar corretamente produtos e serviços, considerando o destaque do imposto fora do preço;
Revisar e adequar contratos e políticas comerciais;
Assegurar a qualidade e a consistência das informações prestadas ao Fisco.
5. Principais desafios para o compliance na transição
1. Adaptação de sistemas e processos
Os sistemas fiscais e contábeis precisarão ser reestruturados para refletir o novo modelo de escrituração e apuração.
2. Capacitação e gestão do conhecimento
A constante atualização das equipes fiscal, contábil e jurídica será essencial para evitar falhas interpretativas e operacionais.
3. Gestão do período de transição
Será necessário operar com os dois modelos tributários em paralelo, exigindo planejamento e controle rigorosos.
4. Reavaliação contratual e da política comercial
A nova lógica de destaque tributário impactará margens, cláusulas de reajuste e condições de fornecimento.
5. Fortalecimento dos controles internos
Será imprescindível adotar mecanismos preventivos e sistemas de monitoramento contínuo para garantir a conformidade.
6. O risco da inércia: Ameaça à competitividade
A procrastinação na análise e adaptação ao novo cenário pode gerar:
Autuações e penalidades fiscais por falhas na apuração e entrega de obrigações;
Aumento de custos tributários, sem viabilidade de compensação;
Perda de mercado diante de concorrentes mais bem preparados;
Danos reputacionais junto a investidores, clientes e parceiros de negócios.
Portanto, a velocidade na implementação deixa de ser uma vantagem e passa a ser uma necessidade estratégica.
7. Como as empresas devem agir?
Realizar diagnóstico imediato: mapeamento de processos e identificação de riscos;
Estabelecer um plano de ação estruturado: definição de prioridades, prazos e responsáveis;
Investir em tecnologia fiscal: automação e integração de sistemas;
Capacitar as equipes: programas contínuos de treinamento e comunicação;
Acompanhar a regulamentação: atualização normativa e análise de jurisprudência;
Buscar assessoria especializada: apoio técnico-jurídico nas decisões estratégicas.
8. Conclusão
O Brasil ingressa em uma nova era tributária. Embora o caminho da reforma não esteja isento de desafios, ele oferece uma oportunidade inédita de construção de um sistema mais justo, eficiente e competitivo. Para as empresas, o compliance tributário passa a ser uma alavanca de sustentabilidade e crescimento. Ignorar essa realidade ou adiar os movimentos de adaptação pode representar não apenas perdas financeiras, mas o comprometimento da própria continuidade dos negócios.
O momento é agora! Quem se preparar desde já poderá transformar essa mudança em oportunidades.
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